domingo, 16 de novembro de 2008

O conceito de presença social

Através do estudo da presença social foi possível compreender as interacções sociais no contexto das telecomunicações bem como a forma de interacção de alunos e professores nas telecomunicações educacionais. Short e al (1976) introduziram este conceito, defendendo que factores como a intimidade e a proximidade tomam partido no conceito referido. As reacções pessoais como o sorriso e o contacto visual determinam a intimidade, ao passo que através das reacções verbais e não verbais como fazer perguntas, responder a pedidos ou solicitações e reagir a observações determinam a proximidade. A presença social é determinada pelo meio e pelos participantes.

Gunawardena e Zittle (1977) exploraram o conceito de presença social para compreeder o seu impacto na satisfação dos estudantes em relação ao ensino à distância. Procuraram saber até que ponto a presença social é um sinal de satisfação global do aluno numa conferância por computador. Investigaram também a relação entre o uso de emotions pelos estudantes, a presença social e a satisfação.

Rourke e al (1999) definiram a presença social como "a habilidade dos alunos para se projectarem socialmente e efectivamente numa comunidade de inquirição". Desenvolveram um sistema de codificação para medir a presença social. Esse método consistia em diferentes itens divididos em três categorias : Afectivo - expressão de emoções, uso de humor e a auto revelação; Interactivo - continuando uma linha de pensamento, citando essas ideias e referenciando outras pessoas, fazer perguntas, cumprimentar ou manifestando apreço e concordância afectiva; Coesivo- Vocativos (usando nomes) dirigindo-se ou referindo-se ao grupo, incluse utilizando pronomes, fazendo comentários sociais e saudando as pessoas.

Através de um estudo realizado com este método, os autores concluiram " que elevados níveis de presença social para apoiar o desenvolvimento da aprendizagem significativa, é de esperar que haja um nível óptimo acima do qual demasiada presença social pode ser prejudicial para as aprendizagens"

Garrison e al (2001) estenderam o conceito de presença social para o conceito de presença cognitiva, definindo-a como uma medida do envolvimento do estudante na inquirição. Concluiram que a presença social poderá ser um factor importante para a aprendizagem e satisfação dos alunos, porém não conseguiram determinar de que forma implica a aprendizagem.

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